Disparei fatos em todos por perto Plantei idéias num jardim de concreto Colei os cacos da minha esperança Tranquei a porta da intolerância Jurei a paz aos meus inimigos Vesti a melhor roupa da minha alma Fiz da verdade meu único abrigo Descansei no inferno sem perder a calma Mas isso não mudou O meu jeito de agir Não mudou O meu jeito de pensar Não mudou O meu jeito de olhar e procurar algo de bom Em você Jurei a paz aos meus inimigos Vesti a melhor roupa da minha alma Fiz da verdade meu único abrigo Descansei no inferno sem perder a calma ¬¬ Eu já vivi Como palhaço de um circo sem platéia Como autor que não tem mais idéias Como otimista incoerente Como pé, descalço sobre o asfalto quente. . Como prata que perdeu o brilho Como resto que se joga aos cães Como mãe a quem se nega o filho Como filho a quem se nega a mãe Já fui o ouro, o tolo e sábio paspalho. A lenda, a fenda, E o corte da espada da morte. A praga e a peste lenta Que esquenta o corpo e gela a alma A calma que se esvai Quando sangra a juventude E a atitude enfurecida De quem perdeu a sorte A pedra, a flor, o passo e o cansaço. A vida e a jóia obtida pelo roubo O muito,o pouco O fruto e o bagaço