Ela, a coisa medonha, vive se orgulhando do que me envergonha Ela, sendo meu avesso, usa do meu corpo como endereço E presa de fraqueza, minha vontade ainda duela com ela, Ela este meu oposto, que a contragosto tanto me fascina Ouso, mesmo receoso, procurar seu rosto e louco, sem conselho Fico nesse meu disfarce, pois é sua face que vejo no espelho Já nem sei quem mesmo seja, a face que eu disfarço minha alma confusa Usa e desata a hemorragia de prazeres que eu mesmo proibia > Especial voz Tom Zé: -E me diz quando eu corro à porta da rua: "O corpo veste a teu gosto, mas uma alma pura até pode andar nua" Medonha, corro à porta da rua e ela grita: "Suja! Aqui a casa é sua" Ela, a coisa medonha, vive se orgulhando do que me envergonha Ela, sendo meu avesso, usa do meu corpo como endereço E presa de fraqueza, minha vontade ainda duela com ela, Ela este meu oposto, que a contragosto tanto me fascina