Meu amigo, pare um pouco e vem pra cá Umas histórias do meu tempo eu vou contar Quando a gente cavalgava pela estrada Conduzindo uma boiada E demorava a chegar Vem comigo, desce do seu caminhão E me diz qual é a graça viajar Sem ouvir o repique de um berrante E sentir no mesmo instante A vontade de aboiar Diga moço, se você já viu um dia Uma boiada num estouro de assustar Meu amigo e cumprindo a profissão Ficar deitado no chão Onde um boi não quis parar Diga moço, quantas vezes você viu Uma estrada avermelhada terra e pó E sentiu o esticar de um velho laço No pescoço de um picaço Que chegava a fazer dó Ei amigo, siga em frente o seu caminho Pois pra você estou apenas contando o que se foi Fui um dia um peão de boiadeiro Você é caminhoneiro, mas também transporta bois Se um dia por aqui você voltar E não mais me encontrar Aqui na beira da estrada Nem meu laço, meu cavalo e meu chapéu Eu estarei lá no céu Conduzindo uma boiada Nem meu laço, meu cavalo e meu chapéu Eu estarei lá no céu Conduzindo uma boiada