Vejo barraco se erguer, castelo cair (É o que vejo!) Amizade morrer, inimigo se unir (É o que vejo!) Um belo bem longe dos meus desejos (É o que vejo!) O sabor de um beijo e som de cortejo (É o que vejo!) Hei véi às vezes penso que sou feliz Vendo aqui meu mundo pequeninin Tô feliz só pra mim Tipo fissura satisfeita por minutos que Levam com ela a vontade de sorrir Tô cansado, por mim mesmo ignorado No centro da arena um gladiador desarmado Imitar sofredor num é comigo Tô no meio, de mãos calejadas pelos conflitos A febre não passa o frio é estridente Duas da madrugada fugiu pra um banho quente O silêncio me incentiva acender um cigarro Tipo as vadia me inspira estica uma no prato Lembro seguir o que manda o coração Porque nele tá as chave da prisão Mas vejo no espelho um combatente de joelhos Guerreou por quase nada, ignorou conselhos Fugi dos momentos, dos sentimentos de culpa De lamentos, impossível tá aqui dentro Que Deus perdoe os atos e abençoe os que apedrejam E me proteja dos espinhos que não vejo Vejo a beleza de uma cor que não tem mais cor Vejo, vejo o preço de um valor que não tem valor Vejo, vejo um beijo de amor que não tem amor Deus me proteja dos espinhos que eu não vejo Vejo a beleza de uma cor que não tem mais cor Vejo, vejo o preço de um valor que não tem valor Vejo, vejo um beijo de amor que não tem amor Deus me proteja dos espinhos que eu não vejo Uso precoce o tom de morte, quem precisa disso Conta com a sorte sente o corte, não passa batido Seguro na ideia que aqui não rola mais trincheira Sangue no asfalto derruba os zói de pimenteira Que pra andar e botar os cara pra alinhar Conservar o respeito não dá pra desandar Tá vendo o que vejo só mais um enterro É o que vejo, os financeiro provocando medo Uma dose suave, um frio na espinha Dose de veneno que na sina vira vida Simplicidade é o primeiro mandamento Cada um conserva o seu valor e rasga o tempo É o que vejo na cela da mente ninguém me toca Se provoca, sai fora, demora, implora, ignora Passada a hora se enfocar agora é memória (e aí) Héh se empenhora e por aqui é a mesma história O sentimento febril dos lobos é o covil Ninguém aqui interviu, mas mesmo assim caiu Sentimento que assusta são várias estruturas Que pra depois nunca desça a sepultura Sobreviver é preciso, viver é só um risco Essa é sempre a norma e nada mais que isso Não deixe que festejem o meu cortejo Deus me proteja dos espinhos que eu não vejo Vejo a beleza de uma cor que não tem mais cor Vejo, vejo o preço de um valor que não tem valor Vejo, vejo um beijo de amor que não tem amor Deus me proteja dos espinhos que eu não vejo Vejo a beleza de uma cor que não tem mais cor Vejo, vejo o preço de um valor que não tem valor Vejo, vejo um beijo de amor que não tem amor Deus me proteja dos espinhos que eu não vejo