"A morte em teu corpo procuro" Crepuscular é teu sorriso; o teu frio amor aquece-me; tu és o sol enegrecido, que a minha carne fenece. Ó lua invernal! Rasga nesta noite minha mascara; dai-me teu beijo abissal; só ele a spleen sara. Ó virginal espectro! Ajoelho-me em reverência, é com esse canto tétrico, que exalto tua imponência. Beberei teu néctar venenoso; a morte em teu corpo procuro... Ó momento glorioso: quando mergulharei no escuro. Retirarei teu negro vestido; uma semente em ti plantarei, aos quatro ventos grito: as trevas profanarei! Minha primavera se esvai; Ó dama do noturno jardim... Tua beleza a todas sobre saem; o seu túmulo será junto a mim.