Se todas as vezes que todos os santos e santos,
Em tantos recantos, despertam aos cantos
Das águas, das águas que vêm e que vão,
Pudessem falar dos segredos que sabem
Das águas que sobem, que descem, florescem baías
Sereias, nas águas que levam, que trazem, as águas que vêm e que vão...
O canto das águas, das águas de todos os cantos
De todos os santos, baía dos cantos, canta amores tantos
À beira do sol
E amores de santos que chegam a todos os santos
Por todos os cantos, por todos os prantos unindo
O que é belo e o que é lindo
Nas águas das águas que vêm e que vão
Orquidário, zoológico, ondina e o mar,
Canal cinco, vou te encontrar
Na pituba de pele morena e azul,
Nem se sabe se é norte ou sul.
Boqueirão, chame-chame, iguatemi,
Rio vermelho, peixe e siri,
Conceição da praia no embaré,
Sol, cabula e marapé
Meno, sábado à tarde, abaeté,
Barra, noite, acarajé,
Coração feiticeiro, cartazes, sons,
Grãos de areia de todos tons
Canal três, atalaia, gonzaga e céu,
Tanto sonho jogado ao léu,
Tanta coisa de um tempo feliz ficou,
Água límpida e de sabor,
Fique certa do meu amor,
Fique certa do meu amor.
