Eu tinha dezoito ano Eu já era capataz Eu mandava numa turma De quase vinte rapaz Eu tinha um burro de passo Andar que me satisfaz Arreio todo prateado De prata que não tem mais Eu fui buscá uma boiada Lá no sertão de Goiás Na ida eu fiz parada Num cassino em Batatais Entrei em banca de jogo Eu fiz o que ninguém faz Vinte partida de pôquer Foi vinte quadra de ais Tomei conta do cassino Deixei o dono quebrado Eu mandei e desmandei Vinte minuto marcado Bailarina estrangeira De lindo sapateado Sapateô na minha frente Dentro de um salão dourado Eu gosto muito de jogo Em cassino alinhado Eu gosto de jogar pôquer Por ser jogo respeitado Dez mir cruzeiro e mais vinte Quem tem medo sai de lado Quem corre não ganha nada Quem fica ganha dobrado Eu compro gado e vendo Eu ando por todo o lado Negócio cheio de manha Que custa pra sê fechado Eu fecho logo na bala Dando tiro repicado Eu não mato e nem machuco Só deixo o cabra assustado