Uma flor... E suas pétalas são tendões Músculos atrelados no sofrimento Em seu eterno germinar de estupor Seu pólen é venenoso E seu aroma apodrecido Suas raízes estão fincadas em meu sofrimento Meu desdém, meu desalento Algum dia teria feito sentido E poderia ser menos sofrido Mas esse dia passou Você me afogou no desesperador fremir Dos esporos de sua pele Sua seiva é sangue Seu aroma é podre E de suas pétalas brotam toda a desolação Inerente deste mundo As mais cruéis aflições Pertinentes a esse mundo Condensados no egoísmo e sardonismo Desse tão amargo olhar teu