A madrugada é fria E à noite eu também fico O frio me anestesia É o clima aqui do pico O tempo vai se fechando Para o seu lado Não falo 2 vezes Já tá avisado Meu ego é imenso mesmo isso é realidade Mas não é motivo pra você querer arrumar treta Não sei ao certo qual é a finalidade Mas eu farejo inveja E à vejo de longe sem luneta É tanta inveja vindo em nossa direção Que eu estou mais para um alvo Mas não esquento a cabeça com isso, irmão Ou vou acabar totalmente calvo Poeta profano Cantando heresia Já chego rimando Mas sem demasia A mente tô malhando Sem academia Sempre me elevando De noite e de dia Então fica quieto Seu analfabeto Meu papo é reto E não faz curva Não passa de feto Te esmago, inseto Por fora discreto Mas a mente é turva Chegou sem aviso O mestre do improviso Mais ágil e liso Não vai me alcançar Pego pesado Não amenizo Esse seu flow Só da crise de riso Boa sorte ao tentar me parar! Pra você gato preto significa azar Mas pra mim representa a sorte Azar o seu se comigo trombar Pois esse gato preto pode adiantar sua morte Pra falar na frente Vocês não têm porte Não são forte O suficiente Sou o mestre de cerimônia Sem cerimônia alguma Eu chego e roubo a cena Então vai lá, vê se acostuma Sou o mestre de cerimônia Sem cerimônia alguma Eu chego e roubo a cena Então vai lá, vê se acostuma Cada dia pra mim É como se fosse mais um round Entro no tatame E seleciono modo underground Meu sonho sempre foi grande Agora tá bem maior A estrada também é grande Nela derramo meu suor Querem ver meu desande Isso eu já sei de cor Seu olho até se expande Querendo me ver na pior Mesmo sem rumo, no escuro eu caminho A procura do brilho ou de algo que reluz Mesmo na multidão, perambulo sozinho Estou farto desse fardo Por que tão pesada essa cruz? Quando a noite chega eu mal consigo dormir Só da vontade quando é hora de acordar Sei que posso até falhar O que não posso é desistir O que é meu tá por vir Cada coisa em seu lugar Sou o mestre de cerimônia Sem cerimônia alguma Eu chego e roubo a cena Então vai lá, vê se acostuma Sou o mestre de cerimônia Sem cerimônia alguma Eu chego e roubo a cena Então vai lá, vê se acostuma Eu nem devo ter mais coração E se tiver não deve estar vazio Deve tá acumulando sujeira Chamo de lote baldio Eu nem devo ter mais coração E se tiver não deve estar vazio Deve tá acumulando sujeira Chamo de lote baldio