Conheço certa família Que banca a importante! Que tem palacete! Reside no 107 Da Rua 13 de abril! E se o padeiro, leva a conta A criada diz logo O patrão já saiu! Eu não suporto as intrigas Apenas eu cito pessoas amigas! Mas disse alguém lá do 100 Que a família Urango Não paga ninguém! Nesta casa que eu digo Casa, aliás, de um amigo! Um rapagão de traquejo Queijo, queijo, queijo! Nunca puseram a mesa Talvez, por delicadeza! Malditos tais traquejados Que não dão queijos Aos convidados! Ainda no mês passado Sem ter almoçado, fui ao 107! Serviram sopa na mesa Sopa de macarronete! Éramos vinte com as mulheres Não havia na mesa Nem faca, nem colheres! (Nem quatro colheres!) E quanto mais se esperava! A sopa esfriava Tão pouca no prato! Porque disseram as garotas Colheres não temos Venham já os conta-gotas!