Para um só humano são duas sentenças Os três mosqueteiros são quatro. Que contas! São cinco os sentidos. O que mais tu me aprontas? Meia dúzia de idas, milhões de nascenças Queria saber entender muitas crenças Depois transcrever, como hoje me apontas Oh! Mundo das letras. Nos versos, confrontas De sete sonetos, nobrezas intensas Que se faça ouvir no soneto primeiro O verbo da culpa de ser estrangeiro Na pátria, no lar ou na mente alheia Que se veja o risco no ter avareza Por terra, petróleo, por água ou riqueza Oh! Sol sábio amigo! Traz-me a lua-cheia De quadras e ricas setilhas violeiras Lendária contagem de vidas felinas Mulheres setênias, ainda meninas Esperam dobrar para serem meeiras Do filho que nasce no véu da poeira A outra metade pertence às campinas Seus sonhos remotos são velhas colinas Seguindo cortejos, subindo ladeiras Se lhe for possível, luar, docemente Cobrir essa virgem que, precocemente Deu luz e destino de pré-emigrante Proteja e banhe os grãos desse milho Para o “filho-da-mãe” quando for “pai-do-filho” Levar dessa roça um orgulho gigante Oh! Sol das quenturas! Tu não exageras Mantendo aquecidos teus filhos, tuas crias Oh! Gelo distante! Tu nunca resfrias Nas faces marcadas, as sete crateras Mas sendo consenso o sábio de veras Misture-os. Traga às nossas bacias Aos chicos e mares as águas sadias “Termo-controladas”. Pra gente? Espera! Não deixe que nada padeça de sede Nem peixe, nem bicho, nem galho, nem rede Que sempre serão mais humanos que nós E, sem disparate às flores que colho Suplique a essa estrela: Arregale um só olho Usando meia luz, meio grau, meia voz O vento moderno soprando fresquinho Desnuda o caminho que traz a “internet” “ On line”, “e-mail”, “orkut”, “delete” Quem tem vinte e sete é quase velhinho O escriba que ainda em seu pergaminho Rabisca histórias, com o novo compete O navegador lema “mouse” ou “disquete” O pombo-correio nem é passarinho O forno da mídia cremando conceitos É inatives a ativos perfeitos O vasto universo tão tátil, tão nu A mão sobre a roda, a luz, o alento Ao “analfabite”, distanciamento O sono das filas... “neo-carandiru”! As tais maravilhas do mundo, anões As notas da escala, o sete, em setembro O dois junto ao cinco no mês de dezembro As cores do arco, os sete grilhões Os pães e peixinhos, multiplicações Pecados mortais, capitais... Ainda lembro Tem sete cabeças o bicho sem membros Sete cavaleiros, suas revelações A veracidade não faz coincidência Nas somas e contos mostrar veemência Parece omitir contas de mentiroso Pois sete sonetos, fantasticamente Imergem palavras a fundo na mente A palmos, em sete, fecunda-se o gozo Nos corpos, em chama tão peculiar Concebe-se o filho; croqui de pessoa Coração do corpo, do barco a proa Cunhã na aldeia, na igreja o altar Pai “onipresente”, implúvia, radar Com atos e fatos o anjo abençoa O amor compartilha, à família se doa Ao gomo, a glória; aos netos, um lar No sétimo dia descansa, à mercê À cria compete vivar o dever Em hinos ou nênias berrar alto e forte Não mate com vícios a vida que prega! Garimpe a excelência que a honra não nega! Contrário caminho explica a morte Agora proclama, à língua afiada O som derradeiro na conta dos sete O eco da rima o vento repete Aos homens de bem a honrosa jornada Em cena a paixão, ora palavreada Com o refinamento que ao sábio compete No foco esses corpos de reis e valetes Em anos de copas e bola encantada Tomai e bebei, audições piedosas As sãs poesias, tão melodiosas Embora calosos, descalços no solo Os pés que conduzem tais corpos a planos Jamais povoados por falsos fulanos Os filhos sem pátria, sem mátria, sem colo