Sonhei o rio, a brisa e a maré E palmas altas E água murmurando Guadalquivir, talvez Capibaribe Itapoã, quem sabe Daomé Do sonho, duas visões retive Um louva-a-Deus Deus pousando em João Cabral E Dorival, na praia, arquitetando A nuvem, a gaivota e o litoral Abraço minha sombra imponderável Confio minha luz à trama viva Dos fios, dos desígnios do invisível Entrego-me aos devires da deriva Não porque eu não vejo outro caminho Mas porque sonhei que a vida é sonho Sonhei o rio, a brisa e a maré E palmas altas E água murmurando Guadalquivir, talvez Capibaribe Itapoã, quem sabe Daomé