Eu venho cortando estradas de muitas eras
Eu trago dentro do peito o calor da terra
Eu tenho no meu cabelo a geada branquinha
Que cai na relva de manhãzinha
Bem no começo da primavera

Eu sou o carro de boi bem junto à paineira
Eu sou o clarão da Lua na cachoeira
Eu sou a terra adubada sou a semente
Sou a certeza do Sol nascente
Eu sou el condor de la cordilheira

Eu sou a chuva caindo na tarde mansa
Deste sertão sofrido sou a esperança
Eu sou cafezal florido sou boia fria
Que não tem hora e não tem dia
Da tempestade sou a bonança

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy