Kohva

Guerra Santa

Kohva


Marcas nas costas, ensina a obedecer
Manter firme a força, sem ter o que comer
Detritos e restos, vai ter que engolir
Seco o nó na garganta, sorrir

Meio dos mortos e vivos, confunde
A miséria é rainha generalizada
Voz que gritava uivante
Agora sem língua foi amordaçada

Cordeiro sorrindo, que se eterniza
Abençoado animal, elite catequiza
Amansa o bárbaro e castra o feroz
Louvado seja o senhor
Na mordaça de súdito algoz

Membro espalhado, ladaia que canta
Eis o amor paradoxo, houve guerra santa
Sem raça, o pardo jamais encontrou
Feto do estupro que a mátria abortou

Guerra Santa

Sacra e carrasca, tortura inumana
Expurgo, crime
A sagrada carne, insana
Purificada
Céu, a promessa imortal
Mãe condenada, esquartejada