Estava eu passando na madruga com a minha marmita Pronta mais uma batalha difícil da minha vida Filho da puta me levou pro escuro Na covardia me bateu e me jogou contra o muro De tanto gritar, eu já tava ficando roca E ele cheio de ódio rasgando a minha roupa, coisa loca Aquela mão suja no meu corpo Já não tinha mais força pra lutar com aquele porco Mal encarado, asqueroso e fedorento Me agrediu e ignorou meus sentimentos Mão na minha boca, faca na cintura Socorro não tinha Só o agressor passando a mão na minha calcinha Ocorrência que me deixou impotente (anham) Num lugar frequentado por pouca gente Minha barriga tá ferida com a faca que ele usa Arrancou meu sutiã e rasgou a minha blusa (porra) Desejo profundamente que ele morra Torcendo pra aparecer quem me socorra Mas não Tô sozinha, a guerra é só minha O crime tá rolando usando faca de cozinha Eu tenho raiva mas a lagrima não cai Continuo lutando, empurrando e ele não sai (sai) Sem alternativa, sem ninguém pra me ajudar Tô disposta a resistir, ele vai ter que me matar Não me entrego, tô cheia de ódio por dentro, não nego Qualquer parada eu vou morrer lutando A faca me inspetando e ele se esfregando, delirando Se aproveitando da situação Eu tava em desvantagem mas busquei a reação Dei uma rasteira, empurrei, ele caiu Uma força descomunal na hora me surgiu, sangue subiu Peguei a faca dele, dei um chute nele, dei um soco nele Cravei no peito dele, jorrando sangue dele Furando sem sentir nada Eu tava no automático rasgando na facada Quero ver se meter comigo agora (vai) Fechei a roupa do jeito que deu Peguei a bolsa olhei pra frente, comecei a correr Sem olhar pra trás, deixei a faca cravada No peito do filho da puta e sangrando até morrer A mesma faca que aponta pra mim Se tiver na minha mão eu decreto o seu fim Eu sujo as minhas mãos, sem sentir dor Eu não sou criminosa mas odeio estuprador A mesma faca que aponta pra mim Se tiver na minha mão eu decreto o seu fim Eu sujo as minhas mãos, sem sentir dor Eu não sou criminosa mas odeio estuprador