A igara da noite A Lua trazia subindo o camatiã E em seu brilho suave espargia Pingos de prata nos cabelos da cunha A igara da noite A Lua trazia subindo o camatiã E em seu brilho suave espargia Pingos de prata nos cabelos da cunha É a hora, é o tempo Da solidão, do confinamento Da lunação, a vez primeira O sangue Tikuna seu ventre molhou Menina, moça, criança mulher Para a vida despertou No som da flauta, a dança do bambu As velhas mulheres, na pelação Mascarados e as cuias de paju-arú D'orune, mito, universo e criação No som da flauta, a dança do bambu As velhas mulheres, na pelação Mascarados e as cuias de paju-arú D'orune, mito, universo e criação No som da flauta, a dança do bambu As velhas mulheres, na pelação Mascarados e as cuias de paju-arú D'orune, mito, universo e criação Caíram as gotas de pratas Tiradas uma a uma Pelos dedos hábeis das antigas Cabeça nua, as mãos amigas Acalmando o sofrimento e a dor É o clã mutum a dançar É a nova mulher, Tayná É a festa da tradição, a beleza da cor