Foi pro buraco Alaor, rei do judô e karatê Disse a você o que daria a valentia de um machão Era um gigante bom de braço, mas não tinha peito de aço E andou pagando sugestão, pra marginal sem coração Foi pro buraco Alaor, quando pintou um fuzuê Não foi covarde e não teve medo Levou ippon de uma bala, foi pro tatame da vala Mais um herói que viu o céu mais cedo Dava tapa na cara de muita gente A pancada do cara não deixava dentes Pra se contar uma história Tenho na memória o Persival Que virou freguês de hospital Mas Alaor fazia e acontecia Até que um belo dia Entrou pela contramão de uma fuleira E de manhã se viu na banca de jornal Que o faixa preta do local Foi abotoar o paletó de madeira