Nunca mais soube notícias Do mestre Thiago Peão sábio Dos trovões de Ana Luz Rasta Prateada Bota suja, enlameada Das charqueadas E caçadas de jacus Sumiu numa terça-feira E deixou só a chaleira Da asa meio queimada no fogão Casualmente neste dia Sumiu também a família Constituída de três onças e um canhão As loucas Que não sabem Mas que tudo viram Nada vão contar Fogem, essas loucas Quando as gárgulas desandam a chiar Pois dizem que o velho mestre Toma forma do bem vindo Anunciando Uma nova geração Só que armado até os dentes Proclamando a Pampa livre Conquistada a chicotaço E no facão Aldimai... Aldimai... Aldimai... Somos nós Os trovões de Ana Luz Aldimai... Somos nós Os trovões de Ana Luz...