Quem andar pelo galpão, fim de tarde veraneiro Vai ouvir chegar primeiro um assobio sem motivo Só se assobia no más, deve ser o capataz Que volta batendo estrivo Deve ser o capataz que volta batendo estrivo Enquanto isso, inda' longe, em algum campo dobrado Um peão mensual contrariado campeia vaca perdida La pucha, não fecha as conta' e ainda é vaca da ponta Daquelas recém parida' La pucha, não fecha as conta' e ainda é vaca da ponta Daquelas recém parida' Peiteira e xerga suada', tardezinha veraneira N’alguma estância fronteira, desencilha a gauchada E o domero, que é falante, se gavando a todo instante Dos pingo' da boca atada E o domero, que é falante, se gavando a todo instante Dos pingo' da boca atada Corre o mate, corre a prosa e a charla é bem corriqueira -Se quarteou minha barrigueira! -Ficou no chão o alambrado! -Faltou, no rodeio, um touro! -Amanhã, casqueio o Mouro! -Cortou a pata o Bragado! -Faltou, no rodeio, um touro! -Amanhã, casqueio o Mouro! -Cortou a pata o Bragado! Despacito, alguém se afasta, sai da roda disfarçando Há tempos que vem rondando a chinoca da cozinha Mas só lhe encontra a essa hora, que já escureceu lá fora E vai morrendo a tardezinha Mas só lhe encontra a essa hora, que já escureceu lá fora E vai morrendo a tardezinha Peiteira e xerga suada', tardezinha veraneira N’alguma estância fronteira, desencilha a gauchada E o domero, que é falante, se gavando a todo instante Dos pingo' da boca atada E o domero, que é falante, se gavando a todo instante Dos pingo' da boca atada