Eu não tenho paciência Pra quem não tem tempo livre Liberdade é uma ciência Ócio também cabe no louvre Amanhã não posso Amanhã não posso Tenho que fingir-me de morto Às quinze não devo Às quinze não devo Devo horas tenho enterro Minha aula de balé Meu cinema, minha cura Às sete pego no pé Às oito corte e costura Há que se chegar a tempo Senão dança a contra-dança À noite aula de canto Nunca sobra pra esperança Às sete não conte Às oito não conte Às nove não conte comigo Treze eu tenho azar Treze eu tenho azar E almoço executivo Cinco horas chá das cinco Sentado mas sem sentido Onze horas jaçanã Embarquei num trem já partido