Em 2004 fiz de mim um novato Atirando-se de corpo e vida Sem pelo menos olhar para os lados Endereçando recados aos irmanos, chocando o governo Correndo risco de ser enjaulado e agora Eu continuo no centro dessa revolução No coração da causa, da mudança e mobilização Na construção de uma pátria para todos irmãos Passando para os jovens consistência e motivação O que está construído ninguém destrói O respeito alcançado jamais se decompõe E por mais que flagelem, a obra se impõe O legado se expõe, este é o regresso de quem nunca foi Quando decidi me focar nas palavras Nunca foi pela ânsia de ter uma conta bancária abastada Sempre soube em que contexto estava Conheço a forma miserável como neste terra o artista acaba A autodestruição ganhava fama Mas pessoas se arruinavam e a poesia estava de vistas fechadas Aí me decidi me colocar na estrada A tristeza apertava, e na mão a esferográfica gotejava Albuns foram lançados, shows foram dados O objetivo era passar a mensagem de amor e paz aos quatro cantos Eu quase que atingi essa proeza Só que o hating tornou-se muito intenso E a febre não era a mesma Dizia-se de passagem que este rapper já deu Mas depois dos décimos disseram que a saga reacendeu E nisto vi que o país jamais me compreendeu Eu nunca deixei de ser forte, o povo é que enfraqueceu, bora! Eu continuo no centro dessa revolução No coração da causa, da mudança e mobilização Na construção de uma pátria para todos irmãos Passando para os jovens consistência e motivação O que está construído ninguém destrói O respeito alcançado jamais se decompõe E por mais que flagelem, a obra se impõe O legado se expõe, este é o regresso de quem nunca foi Viver neste lugar nunca foi pêra doce A via é dura, mas temos de andar como se ela não fosse Nós já crescemos precoce Tu não nos encontras no banco de espera Pois esta esperança nada nos trouxe Vi luz no fundo do poço quando a nova liderança assumiu o poder E nos prometeu por um fim no alvoroço Apoiemos este, mas com um pé atrás Traumatizado pelo executivo passado ser incapaz E quando vi que a promessa não deu pra'a traz Avancei o mesmo pé e decidi falar menos e fazer mais Mas ao mesmo tempo, boatos ganhavam terreno Eu sereno, não me mexi porque me considero o mesmo Desigual a malabaristas A minha insistência incomoda até o mais atrevido dos anarquistas Ando sem tempo para esses sofistas Se querem beefs, coloquem um kimono E me encontrem na academia, nigga! Eu continuo no centro dessa revolução No coração da causa, da mudança e mobilização Na construção de uma pátria para todos irmãos Passando para os jovens consistência e motivação O que está construído ninguém destrói O respeito alcançado jamais se decompõe E por mais que flagelem, a obra se impõe O legado se expõe, este é o regresso de quem nunca foi Eu sou a tua sombra, estou contigo todos os dias Esta filosofia de vida foram vocês que me incutiram Os vossos conflitos me atingiram