Muxima, oh muxima Muxima, oh muxima Muxima, oh muxima Ngana Nzambi, wanga we Já há muitos anos, que nos angolanos Perdemos o senso de irmandade que reinava no seio dos manos Do tempo em que a união era visível E o problema de uma só pessoa preocupava os outros tantos Cadé o coração que se emocionava e se alegrava Sempre que alguém visse a sua vida realizada O amor até parecia uma crença E ter dinheiro não implicava olhar pra os outros com diferença Cade a amizade sincera Onde o rico sentava com o pobre E dialogavam da mesma maneira Partilhavam mágoas e permaneciam kambas Porque ser alguém na vida não era problema Hoje é visível o separatismo e a falta de afeto Provocada pelo profundo egoismo O coração do angolano está a se transformar em pedra O ódio é um feeling cada vez mais vivo Era suposto nos amar-mos envés de lutar-mos Para ver os nossos próprios irmãos acabados O apoio foi trocado pela inveja Fazemos tudo para impedir que o próximo cresça Nos perseguimos na família e no trabalho Existe prazer a ver o outro a ser humilhado Nos preocupamos apenas com o nosso bem E a tendência é sempre passar por cima de quem não tem O coração tornou-se impuro E se tu fores solidário serás visto como um homem burro Muitos têm na igreja as suas vidas Mas nunca perceberam o que está escrito naquela Bíblia Andamos de mãos dadas com maldade A desgraça dos outros é a nossa felicidade Dentro dos nossos corações, a monstruosidade é a única verdade Muxima, oh muxima Muxima, oh muxima Muxima, oh muxima Ngana Nzambi, wanga we Watodilage muxima Masta K tá em casa, confirma Qual é o kiabo, qual é a rima? Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, mô Katró! Pus o meu nome em vários bocas, haters fazem broche Da cidade até as barrocas, sou querido como o Porsche O jogo é duro, respeito coisa alheia Essa é a regra, só colhe quem semeia Em vez de amar, você me odeia Teu beef é madoísmo, cala a boca, queres boleia Sou consumido da Igreja à Assembleia Meu sucesso é violento, bato dentro da cadeia Dizes ser o mais fodido, o teu rap é bem Titica Discurso censurado, Gonsalves Nhangica Tás sem banda, tipo o avó Jacinto 21 de Janeiro, Rocha-Pinto Guibinguilé, teu Rap morreu Tenta no Ghetto Zouk, Cabou Comeu Tu lambes bota e dás o rabo por um saco de arroz Eu dou a cara, mostro o cabo, reivindico e é pra nós União, é a nossa frase de ordem Revolução, cães que ladram não mordem Se joga pro mar, afoga esta ira Deixa de ser egoísta, conspira e traíra Angola faz, é só coro, tipo do W King Até hoje choro, Cassule Kamulingue Caminho é só, sem Kangamba e AJAPRAZ Sou tipo o Jó, escravo dos meus ideais Fé em Deus, humildade e paz Uma gota de sucesso, um oceano de rivais Muxima, oh muxima Muxima, oh muxima Muxima, oh muxima Ngana Nzambi, wanga we Hum, hum, hum Ngana Nzambi, wanga we Ngana Nzambi, papá Aiué, Ngana Nzambi, mamã Aiué, Ngana Nzambi, papá Aiué, Ngana Nzambi, wanga we