Sombra do silêncio retalha Não quebra toda muralha Que agrega desesperança e dor E abafa a escassez de pão No sistema a super lotação Olho por olho, bala com bala Corda bamba larga escala De miséria e opressão Olha, ignorância é como uma doença Tanta má fé não mata nossa crença Nem a maldade a linda negra cor Que nunca recebeu o devido valor Só me parece antinatural O ódio que alimenta a cena mundial E todo dia na televisão Mas uma dezena que foi pro valão Crânios inteiros vão se transformando em caixa Pessoas sábias não enxergam as entre linhas Virando peça e quebra cabeça não encaixa Quanto mais racha mais comum a hipocrisia Tempo de rocha que divide o povo em castas Tempo de arrocha tá faltando é poesia Tempo de trevas que separa o peito em pastas Já sinto o calor das tochas pra acabar com a bruxaria Falta empatia e sobra balas de borracha Sobra mania pra afirmar tudo o que acha Falta memória falta aulas de História Falta só tudo Ruir pra tu acordar em si? Tenta me ouvir sem me filtrar Tenta parar pra analisar Tenta escutar sem interromper Não tô querendo te foder Mas me parece que cê tá Pagando pra ver o que que dá Se acontecer de alguém ganhar Então poder 'Milimitar' Algumas bombas explodem no colo Têm muitos riscos não vem rasurar Vi muitos corpos pedindo socorro E outros braços querendo empurrar Solo equivocado Futuro vetado Chora jogada na rua Moça nua é só torpor É crua a face do horror É cinza esse respingo de cor