Casa de areia, Sangue de Barro A mão no remo e o barco furado A vida segue A vida segue Casa de areia, Sangue de Barro A mão no remo e o barco furado A vida segue A vida segue Sou o cangaço O nego aço Abençoado Eu sou mabaço Se é pra vencer pelo cansaço Esse ser tão Esse ser tão gigante O galo segue na rinha A saudade de mainha Vendi tudo que eu tinha E fui mimbora Passa fome Passa raiva Passa o tempo O tempo passa e sopra o vento E a fé nunca faya 1990, a boca seca do NE Retirante Um sonho distante, deixam suas casas pra trás Em caminhões, em mutirões Construímos as cidades grandes Esse ser tão Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Esse sertão gigante Retirante Que saudade daquele feijão de antes Desvio o diabo sob o inferno de Dante As menores dores são as dores mais gigantes Continuo caminhando no deserto alucinante Dando a vida como faca cortando com a carne toda Bebi tão longe de casa opiniões que se foda