Domina a fúria que impulsiona A insensatez no tom de tua voz Refreia o ímpeto e a inconsciência Da expressão dura, do olhar atroz Tempera a voz em tua voz interna Banhada em águas do coração Deixa que surja, purificada Melodiosa como canção Lembra do mestre, em tempo remoto Coração reto qual labareda Que, com leveza, tocava o solo Andando sobre um papel de seda Não deixa marca que fragmente Ou que divida, qual alameda Cultiva o prado de teu caminho Pisando leve o papel de seda Não busque o solo que te sustente A base falsa que arremeda Uma verdade que não existe Que dilacera o papel de seda Preso ao celeste, vê que flutuas Livre do peso, pelo espaço Passos de seda, mostram que a tua É uma vontade forjada em aço