Era mar, era areia maré cheia Era lua brechando nas telhas Cores e asas do pavão Punhal de fogo, talhando o chão Sete léguas de medo e de aflição Viola, repente baião Segredos cravados na mente Marcas de sangue nas mãos Aviso de rio Desfecho de enchente, logo Pomba na beira da mata Chega pra cantar Quando o sol se abre em leque, logo Pomba na beira da mata Chega pra cantar, pra cantar, pra cantar Noite inteira de sonhos Nove luas Novelo de nuvem, escuro céu Serpente na espera, espora em vão É tocaia, é arte do cão Memórias e lendas antigas Galopam nos ventos Caipira em roda de bumba, catira Na alma do povo sertão