Anda o mundo a girar Numa roda singular Inconstante e fugidia Contra o fraco dança o forte Para ver quem tem mais sorte Não dançou quem não sabia Entretido nesta andança Quem tropeça cai, avança Diz que a culpa é da idade Faz demais e não devia Que podia e não sabia Dos enguiços da vontade Assim vamos, que afinal Anda torto e desigual O direito do avesso Sem relógio ou calendário Meu balanço à ao contrário Rodo e finjo que me esqueço