Pavor e angústia sentiu Com a alma profundamente Triste até a morte, orou “Pai, se possível for Passa de mim este cálice Mas que não se faça a minha vontade E sim a tua” Em agonia, ainda mais orou E o seu suor gotas de sangue se tornou Caindo sobre a terra A hora então chegou E o traidor se aproximou Com um beijo o traiu E para o sacrifício o entregou Os que eram seus, o abandonaram E por um deles foi negado “De tal maneira te amei Que por você à mim mesmo Me entreguei como sacrifício vivo Com amor eterno te amei Filho meu, dá-me o teu coração” No seu rosto cuspiram Murros lhe davam Amarrado, acusado e açoitado A sua morte o povo pediu Entregue foi para ser crucificado Tecida a coroa de espinhos Na sua cabeça foi colocada Com um manto púrpura o vestiram Zombado e escarnecido Conduzido foi ao sacrifício Carregando a sua cruz Em direção ao gólgota caminhou E ali, crucificado foi Fel lhe deram de beber Suas vestes repartidas e a túnica sorteada Zombado e escarnecido Vinagre lhe deram “De tal maneira te amei Que por você à mim mesmo Me entreguei como sacrifício vivo Com amor eterno te amei Filho meu, dá-me o teu coração” Na cruz orou: “Pai, perdoa-lhes, porque Não sabem o que fazem” O sol escureceu Houve trevas sobre a terra Jesus clamou Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste” Bradou Jesus em alta voz: “Está consumado! Pai, nas tuas mãos Entrego o meu espírito” O véu do templo se rasgou Seus ossos não se quebraram Com uma lança o perfuraram Água e sangue saiu Sepultado foi o seu corpo no sepulcro Mas ao terceiro dia ressuscitou “De tal maneira te amei Que por você à mim mesmo Me entreguei como sacrifício vivo Com amor eterno te amei Filho meu, dá-me o teu coração O teu coração”