Ele vinha de lá Na noite escura Pra preencher o seu vazio E aprender uma lição Ele vinha de lá Cheio de esperança Pra construir o seu futuro De caderno e mochila na mão Mas foi aí que interromperam sua caminhada Com um tiro na espinha Uma bala a troco de nada É tanta frieza que se vê nessa humanidade Que eu perco o chão Que eu perco o chão Que eu perco o chão [Paulo Balla] Perdido entre perdidos Somos alvos dos disparos De todos os lados Disparates calculados Calculistas é a lista Grossa fazem a vista Nós pagamos com a vida E com a vida à vista Ideia armamentista Amamentam hipocrisia Fascista, racista sabem bem manipular Jornalisticamente a mente popular A mente popular Ele vinha de lá Atravessando o seu percurso Pensando na aula E na própria evolução Ele vinha de lá Buscando sentido Em sua rotina Dando pra família o fruto do seu ganha pão Mas foi aí que interromperam sua caminhada Com um tiro na espinha Uma bala a troco de nada É tanta frieza que se vê nessa humanidade Que eu perco a razão Que eu perco a razão Que eu perco a razão Que eu perco a razão [Nick Amaro Neto & Don Maths Carmo] As notícias vindas na era do mundo cão Guerrilhas que anunciam tragédias sem exceção Contrariam as leis da física, a lei da atração Lei de Newton, causa e efeito, ação e reação Qualquer um perde a linha se a justiça é ilusão Qualquer um se indigna, qualquer um perde a razão Sem chão, sem providência, sem paz, só emoção Reféns da violência, morremos sem opção Eu perco a razão, eu perco a razão, eu perco a razão