Quero o banquete Samba no pé Parangolé Biscoito fino Da língua da ralé Quero mais do que é Esse país da tv. Quero ferir-me Na distorção Das guitarras Em algaravias Quebrar meu violão Lançar na multidão Uma proposta de viver. Quero beijar Todo vir-a-ser Posto que não sou Qualquer ideia de gente vã E quero como aquele ou aquiles Estar pronto pra tudo Enfrentar quem botar A cara pra apanhar. Eu tenho um jeito de dar o tom Sou um sujeito de me amarrar Num mar de amor Que erra pra se libertar. Quero o avesso Da letra morta Poesia farta Por ter um verso avulso E não fazer jus A um bordão De hipocrisia imunda. Quero dançar Me divertir Deixar rolar Parar pra ouvir Um samba do jobim Não tenho um estopim Para jogar no mundo.