Relógio de bom tom Ta a fim de despertar Deixa ancorar na janela Uma nesga de lua É acha pouco ousar Pede papel e paz E um vinho a mais, Chandon Cirze um haicai Do silêncio da noite a gritar Louvando o luar O afã é meu trancham Quase nada eu desprezo Sombra eu viro do avesso Colo é bom O meu guizo é desejo Sempre tudo que anseio Gani em pencas de beijos Zanzo assim Remendo de ciúme Emplastro de olhar Vem auscultar Meu ameno sossego Em segredo vem sossegar Nunca falar, jamais O amor quer sempre mais Tantas palavras solenes Tão sujas me juram Que querem amar Grita ai de mim Quando a paixão Acende o pavio Um rio de rimas singrando Na ponta da língua Um turbilhão de modinhas Do Villa ao Jobim Waldemar Põe o céu pra dançar Chora doído Quando o amor Se entrega ao destino Águas passadas Deixando mover seus moinhos Uma alusão à ilusão Do perdão Faz nascer Outro coração Pede papel e paz E um vinho a mais, Chandon Cirze um haicai Do silêncio na noite a gritar