Karina Cyrillo

Cicatrizes

Karina Cyrillo


Quando o copo caiu 
O vidro quebrou 
E os teus cacos 
Entraram em mim 

Minha pele ardeu 
Sangue saiu 
Como um rio 
De dor 

Percebi o meu reflexo no teu olhar 
Vi o sangue esparramar pelo terraço da minha casa 
Percebi que tudo o que vivi foi mentira 
Essas cicatrizes ainda ardem 

E agora me vejo no espelho
Vejo você também pelas marcas que deixou
Mas não quero esconde-las 
Esse é o meu passado e formou quem sou 

Não volte não 
Fique aí 
Os cacos permanecem espalhados
Meu peito dói ao lembrar 
Do arder do corte que deixou 

Em mim 
Naquela sexta feira 
Numa manhã de chuva 
Lá no meu terraço

E agora me vejo no espelho
Vejo você também pelas marcas que deixou
Mas não quero esconde-las 
Esse é o meu passado e formou quem sou 

Não volte não 
Fique aí 
Os cacos permanecem espalhados
Meu peito dói ao lembrar 
Do arder do corte que deixou
Em mim 

Não volte não 
Fique aí 
Os cacos permanecem espalhados
Meu peito dói ao lembrar 
Do arder do corte que deixou

Em mim 
Naquela sexta feira
Numa manhã de chuva 
Lá no meu terraço