Nem todas as horas são exatas; Nem todos os momentos concretos; Nem tudo tão pouco abstrato, Nem o que está é eterno. Palavras são portas abertas E todas parecem um pouco Com coisas que ficam guardadas, Com peças de um jogo tão louco. Às vezes o sonho é mistério; Às vezes, sobras de um tempo; Às vezes estamos cansados Por nada ou de quase tudo. Às vezes ficar parado É bom e bem mais sensato. Talvez o que haja no mundo Não nos alcance num passo. Talvez acertar seja breve Uma parte de um ponto no espaço. Tudo, de uma vez, é muito! Nada, porém, muito chato.