Descendo as dose casas pro inferno Lutando contra demônios internos Cachos da medusa que me seduz Sem olhar pra trás em busca da luz Cinco vidas e amores Despedidas sem flores Já não importa as dores Sem sentir os sabores Acumulado de erros que eu não tinha previsto Como Hércules acordo e me sinto perdido Em dose anos eu prometo ter me redimido O caos causado, passado que é irreversível E o que passa involuntariamente marca Irrelevante sua falsa arte abstrata Minhas crenças não se baseiam em artes sacras Pessoas esquartejadas por palavras Cromossomos, como somos Como Cronos, pelo trono Sem um leste, Everest Hamlet que enlouquece Tempestade cada vez fica mais forte A cada dia um pouco mais sem sorte Rosas própria representação da morte Até a rosa dos ventos ficou sem norte Nos pés espinhos e nos calcanhares cortes Ao som da trilha da lira Calor de uma lamparina Apagando a lamparina Se esvai a trilha da lira E na escuridão da noite Nas costas marcas de açoite Alimentando mentiras Para mantê-las nutridas Lamentos só vem trazendo a ideia Aos poucos vejo as ruínas da alcateia A morte de Cérbero com uma cacetada E na espreita ninfas dando risada Acumulado de erros que eu já tinha previsto Como uma lenda eu pretendo descansar nos elísios Sentindo a leve brisa, junto da ninfa mais linda Reverenciando a manhã que vai estar tão bonita