Uma só cor, aconteceu comigo Sem falsa modéstia é claro que também já aconteceu contigo Há flores que nascem e morrem sol que deixou de brilhar E as almas que nos céus não sobem, e a fraca corrente no mar Ai iemanjá, que leva tristeza de volta ao abismo Nesse sorriso suave e aberto É onde encontro esse vosso cinismo A faca que tu me espeta, não me afeta mais que o teu ódio Baixa esse arco e a flecha Porque eu não sou alvo de que se alimenta o teu olho Eu entendo que é teu remédio Tentar magoar pessoas como eu Mais entendo que esse sentimento chamado amor dentro de ti morreu Pessoas tão frias e pintadas de ser humano Ofereço todo meu amor em troca desse universo mundano Tu não tens culpa de ser o que és O mundo é tão lindo só que tu não vês Deus me perdoa, ho pai perdoa As flores que nascem no teu coração Não tem as raízes dessa mansidão Deus me perdoa Ho pai perdoa Não matei teu pai, não matei tua mãe Não matei teu filho, você que roubou o meu brilho Preconceito, é a arma encontrada Nos olhos de gente que vive infeliz Me olhou desviou da calçada E agora eu pergunto que foi que eu fiz? Tanta injustiça irmão, somos irmãos Embora de cor diferente Deus fez a gente a sua semelhança e me diz O quê que tu tens na mente Eu sei que no fundo tu sabes Só tens que enxergar a realidade A cor da pele não nos faz melhor Se não, se não o nosso carácter