O beijo sai pela boca, como o palavrão Se a vida fosse só reza, eu não tinha nascido Vim pra tomar o que é meu, você queira ou não Com homens é que eu lido Meu "padim ciço" é mestiço de ateu com cristão Eu sou um vírus da arte, rasura em seu livro Se aprendi a voar, foi beijando o chão Eu morro, mas eu vivo Só dão camisa-de-força pra quem é normal Quando o punhal fica cego, a razão se aguça Quando a montanha-russa for a maomé Verão, canadá no canindé Minha flor, reguei Com o pranto de outrora Mas, agora eu sei Que, na dor, quem ri é rei