Ando pensando sobre tudo um pouco Eu não paro de pensar e isso me deixa louco Mas talvez seja bem melhor pra mim ser assim né Já que hoje em dia o normal é ser escroto Tô virado desde ontem e foda se Minha mente pede partida Meu corpo diz não mova-se daí Foda é conciliar razão com emoção Moça, se tu ousa a me acompanhar Verás que a vida é agridoce Antes fosse comerciais de cerveja Olha minha cara eu não me vejo em revista VEJA Mas num é lamento É somente minha expressão de certeza Tô lotadão de incertezas Mas com minhas cartas na mesa É que sem destreza, cês se passam fácil Sua tal esperteza é o que te distrai fácil Minha extração vem me cobrando ser hábil Eu guia da minha vida mesmo sem ser habilitado Ilimitados Copos cheios, corpos podres, tragos Tamo alimentando vícios Cada qual com seu quadrado Camuflados, camaleões na selva de pedra e aço Tramam e cospem mentiras Á sombras de tiras São heróis falsificados Sensação de segurança monopolizado Mano, monetizaram a fé e os caralho a 4 O povo tomando no cú sem nem tá de quatro (Seria cômico se não fosse trágico) Sigo no compasso da batida que é refúgio Dito cujo, ainda tô só no prefácio Logo dispenso o presságio Deixa que eu me viro Na selva, se a presa tá fácil a regra é clara, filho Vê se não erra no tiro Delírio é achar que vivemos em equilíbrio E ver sentido onde nunca tem nexo É complexo desde o princípio O que alimenta teu vício? Que que você julga ser real nesse teu mundinho fictício? O que alimenta seu vício? Que que cê julga ser real? À margem da loucura mas com lucidez de sobra Verme sai da bota Cada um sabe o peso da cruz que carrega E do preço pago por sair da rota Hoje é legal arrotar bosta Mas a rua não atura chacota (não, não) Uns contam notas, outros lorotas, alguns os dois É um filme sem claquete Porém sempre tem quem corta Eu vivo a margem da loucura mas com lucidez de sobra Verme sai da bota Cada um sabe o peso da cruz que carrega E do preço pago por sair da rota Ruptura na estrutura, uns vem pra desviar Não vem pagar de iluminura e querer decorar Foda é ver tanto ao redor E quase nada faz meus zói brilhar Num falo do brilho do holofote que te cega Nem a do poste que ilumina a rua escura Falo da que vem de dentro e transcende Não a que causa tensão igual flex de viatura Sei que cê me atura se o papo for futuros, planos, juras A boca só se cala mermo quando o tira fura E por falar na boca, quem falou que ela é tua? Tantos querem ser reis sem nem saber das leis das ruas E nela vários montam arapuca Facilmente vestem a carapuça Ficam no grude tipo carapaça Livros de conteúdo fraco e a capa dura E eu vou seguindo a margem da loucura À margem da loucura mas com lucidez de sobra Verme sai da bota Cada um sabe o peso da cruz que carrega E o preço pago por sair da rota Hoje é legal arrotar bosta Mas a rua não atura chacota (não, não) Uns contam notas, outros lorotas, alguns os dois É um filme sem claquete Porém sempre tem quem corta Eu vivo a margem da loucura Mas com lucidez de sobra Verme sai da bota Cada um sabe o peso da cruz que carrega E o preço pago por sair da rota