T.a.m.b.o.r. b.a.t.u.q.u.e. arrepia A a.f.r.i.c.a. ventila Ritmo contagiante Toda energia Convoca, mão bate no coro e invoca Nego canta no coro e provoca Corpo guia, mas e a alma quem toca Representando sempre a maloca Carente de cultura e grana Herdeiro dos escravo, do café e da cana Ouro africano no pescoço dos bacana Que ditaram a moral que hoje nos difama Língua européia e a origem africana Sofrimento, preto, terra sul americana Liberdade pra viver todo preto clama Bate tambor, resgatar a terra mama Tambor, sou descendente, minha gente chamou Sou dependente a magia encantou Que cada espírito guerreiro mandou Pra bater do Djembe a mpc Evolução pra vencer, como tem que ser Sem se render, diluir o "moio" que é nosso Fortaleço como posso, faço mais que entreter Entre ter identidade, perder dignidade, vou pela Liberdade de ser O que sou, onde for, pra honrar, quem lutou Derramou sangue e suor pra resgatar o valor E a luta não acabou, infelizmente, ainda tem ideia Errada pra bater de frente Tem que se acomodou e diz que tá contente Quem pensa diferente ainda não se contentou Destrói o tambor pra acordar minha gente, descendentes De quem era príncipe ou rei Resistente a gerações só madeira de lei, quebro Correntes e grilhões da maneira que sei Tambor, sou descendente, minha gente chamou Sou dependente a magia encantou Que cada espírito guerreiro mandou O escuro das cores, na pele afro-descendente, herdeira Das dores Nossa terra foi invadida, colonizadores Exploraram e destruíram nossos valores Mas nossa resistência vive e toca em tambores Pra celebrar, se lembrar, deixa ecoar, tudo que o grio (?) me conto No livro não tá, quem quis imitar Não virou, não calou, não comprou Meu orgulho incomodou! Quem não quer me ver bem Não consegue entender Orgulho não e racismo, não querer se render Partir de preocupações, tipo querer ensinar As próximas gerações a saber se defender Se depender de nos só fortalecerá, Cada um ensina um caminho pra prosperar Se for nós por nós, quero ver superar Na vitória, sinfonia de tambores pra comemorar Tambor, sou descendente, minha gente chamou Sou dependente a magia encantou Que cada espírito guerreiro mandou Entendi! pensar mais em mim, né?! Vou tentar Não! vou conseguir!