Eu fui forçado a apertar o gatilho Por cada merda que cês fala na internet Eu fui forçado a apertar o gatilho Eu não perdôo pique Beatrix Kiddo Vo passar cortando jugular de quem tentar ser empecilho Black pride nas track e segura o rojão Black Friday? Eu não to a venda, não tem promoção E cada vez que ocês ouvir meu nome Eu vou fazer vocês lembrar do Django Assassinando um escravocata a cada take jão Cada bala disparada é um grito que ecoa Cada grito desesperado e a mãe que não perdoa Cada mãe e a lágrima que a elite quer que escorra Cada playboy que eu ver na rua agora é mate ou morra Se passamos dos 27 é milagre Mais um ano e minha coroa vibra o dia das mães no mês de Maio Agora me diz, e na Jordão Quem devolve a alegria em Setembro da família e da mãe do Caio Mano eu não me esqueci de você Irmão, ninguém aqui esqueceu de você As balas nunca vão te silenciar Te eternizo agora nessa track, sem adeus, é um até já Lembra da sua velha, preterida e sozinha Porque a cor da pele dela sempre lhe tirou o valor Pros boy dizer que relação interracial é linda E que a miscigenação nasceu fruto do amor Papo de merda mas comigo não cola Enquanto tiver Geledés na instrução como instrumento Adquirir conhecimento é muito fácil Difícil é discernir sobre o errado com a cabeça que é só merda dentro Relação com mina clara, é a cura Como se isso embranquecesse o nosso sangue africano Uma borracha pra apagar esse estigma que machuca Enquanto as nossas próprias mães estão lá na solidão faz anos Até me chamam de extremista e pa (nunca mudou) Mesma fita, encoberta com um véu muito fino O futuro repetindo um passado sombrio Os pior trampo é nosso, e cês juram que eu to mentindo?? É corriqueiro mas se pá, eu que sou vitimista Talvez sejam daltônicos, só enxergam no negativo Inverte as cor, um Ford preto, com integrantes brancos Era aviso educado, antes dos 80 tiro Vida passando igual flash Um dejavù dos bons momentos a cada sirene O coração que parece que vai sair na boca Eu ainda tenho que ouvir que quem não deve, não teme Troca a fita porra, que essa já ta repetitiva Cota não é esmola e o boy não pega visão Ainda ta pouco imagina se nois vingasse do passado Não sobrava um de vocês contando história cuzão Os que me escuta pede luz não tem blefe Voa moleque, me perseguem, pedem, faz jus à responsa irmão Eu nas letra sendo obrigado a ensinar respeito O fã de Bolsonaro, vai dizer que meu som é doutrinação Então toma esse sacode lírico, não tem perdão Não tem culpa a Dona Nádia querendo me proteger Filho, não entra nessas loja se não for comprar Só depois de muitos anos é que eu fui entender É que, andando pelas loja Atraio mais olhares da Prosegur que mina gostosa, isso tá certo? Se o seguir dos seguranças fosse follow no Insta Eu tinha mais seguidores do que o Felipe Neto Querem que nos sintamos iguais, não somos Boto na conta com a soma, assino e te passo a fatura Cês evoluíram às custas do meu povo Pra hoje me dizer que tem que merecer pra viver com fartura Não! Eu vou tirar deles cada centavo E devolver pros nossos tudo em pepita de ouro Construímos pra eles mais do que os cara merecia Me diz quando na história devolveram o troco Então me explica, mas não por uma visão supremacista Minha taquicardia quando eu vejo um carro da polícia Nada mudou, nem eles, nem eu, somos fauna, isso é selva É sabido que um trauma deixa um coração em alerta Nem é a cor da minha pele não Muito provavelmente na minha testa ta escrito ladrão né Tão finge que não ve, que eu finjo não te ouvir Mas a risada da vingança é do último que ri Me jogaram bananas pra me ofender Eu comi todas, prevenindo a cãimbra na luta contra esses bosta tio Um símio se adapta na penumbra que vos assombra E ataca silencioso. É só proposta, viu? O rei da tribo, CÉSAR! Me coroem de espinhos por tentar salvar os meus na guerra institucional Macaco não mata macaco! Nos protejamos entre si, que os inimigos já nos matam, é procedimental Nos vejamos como integrantes da diáspora arrastados Forçados, escravizados por avós Dos netos que hojem dizem que passado é passado Claro, 500 anos depois e o que restou pra nós? Tamo no braço e no suor construindo o que é seu Nossas irmãs do outro lado lavando seus pratos sujos Acadêmicos ainda são na maioria brancos Mema bosta, ainda tamo nos tempos de Dom Casmurro A militância incomoda, observe você mesmo A importância dos nossos é sangue num pano cetim Marielle não morreria se não fosse Franca Nem Martin Luther não era preso se não fosse King Minha cara na manchete, a Rota comemora Armado, assassinado, mereceu, mais um pra conta Sou protegido pelas armas e as roupas de Ogum! Desiste! Me mato antes só pra não te dar essa honra Ouvi quando era criança numa festa de rico branco Não mostra comida é preto, tudo que vê quer comer Sua própria filha me chamou na sua casa pra comer na sua ausência E eu comi pra caralho, só não digo o quê Eu também lembro começou muito cedo e eu num entendia Sandoval de Azevedo se tornou símbolo de trauma e medo A racista da professora me humilhando em público Eu sangue quente olhava fixo pra uma tesoura O ódio ainda ta vivo, impera, gera os Panteras, era das fera Reitera e coopera com a natureza da luta As mão fecha olho no olho reaça amarela, eu lembro Professora Cleuza, velha filha duma puta