Kainã MC

Quem Quer o Que (part. João Duarte MC)

Kainã MC


Ainda tem quem me vê como jogador
Mesmo sem eu joga
Eu escrevo letras, mais um
Há cultiva
Mais um que odeia dor
O que me faz lutador
Sem direito de machucar

Pisando alto, mirando os palcos
Assistindo becos, assistindo os falsos
Homenageando guetos
Onde os corações é que voam alto

Onde a prioridade é entende
Família, amigos a comunidade
Quantas preferem ver seu lado bom
E quantos preferem enxergar só suas vaidades

No que alimenta elas
Só suas próprias vaidades
Man, rima de chat, rima de plást
Mais tão cheias de palavras
E palavras foram criadas pra instruí e conforta

Te tirarem
Rótulos vida de quem pra que, porque? Por quem?
E elas vida, corpo, cérebro de Barbie
Pensamentos frios e monótonos
Contraditórios

Rezem pra que n não batam no peito
Façam disso sua real vida
Rezem pra que n batam no peito
Gostamos disso e somos retóricos

Por onde andam seus propósitos?
Ficaras no bolso?
Eu queria me impressiona
Mais a cada qual nem somos um todo

Na tristeza de um solto
Que a nossa nobreza seja grande
Que nossos umbigo seja nada
Assim como o olho gordo
Que seja pouco

Se dizem retóricos
São de babel
Eles são retóricos querem ser o céu
Se dizem retóricos querem ser o céu
Eles são retóricos vivendo apenas um papel

Como controlados
Governadamente corruptos
Silêncio absoluto
A favela foge de ficar em luto

Com tom de ironia
Escrevo poesia
Cartas pra cortesia
Xingando a burguesia

Falta de emprego
E oportunidade
Menor vicio
Começa o trafego na cidade

Realidade não é bobagem
Putaria ta no auge
Ganancia consome
5 milhões passam fome

No gueto ouço gritos
De misericórdia
Ninguém aguenta esse governo
Que só mancha nossa história

Não sabem de nada
E querem fala
Poema por amor
E daí se eu não voar

Por mais que eu quero
Nada é fácil nessa vida
Vou da o meu máximo
Para chegar la em cima

Pais desunido
Eu vejo desigualdade
União das favela
Eu vejo prosperidade

Para enfrenta a realeza
Que mente para o seu povo
O pobre é a preza
Isso nunca é novo

E nesse Brasil
Problemas a milhão
Eu sou mais um poeta
Quer surge na multidão

Se dizem retóricos
São de babel
Eles são retóricos querem ser o céu
Eles são retóricos vivendo apenas um papel

Como controlados
Governadamente corruptos
Silêncio absoluto
A favela foge de ficar em luto