Naquela lua De noite, virada Lucia soluça no seu travesseiro A dor de Lucia Que é quase nada Trajédia inventada Só os loucos sentem o cheiro E o que ela fez da vida Deixar sozinha a menina que tinha medo Seus mil pés e todos os seus tons Não dizem mais que seu sangue sujo De fantasia Ah, Lucia comeu os diamantes Os diamantes Amante do céu Do céu Lucia, Lucia, Lucia, ah... Agachada em seu quarto Entre as catacumbas do seu mundo inteiro Vendo os rostos nas paredes Quadros não consumados de seu último fevereiro Tudo ao redor Não cabe em seus papéis Mas e daí que ela não é só um braço De poesia Ah, Lucia comeu os diamantes Os diamantes Amante do céu Do céu Lucia, Lucia, Lucia...