Meu samba tem As folhagens e o sangue de um baobá A madeira curtida de além-mar Muito além lá da arrebentação de África Meu samba vem No balaio, em ramos de um jequitibá À primeira estação, que foi vingar Centenária crescida, no alvorecer E um sabiá Trouxe linda doçura no seu cantar Melodias que a Mãe Natureza deu Ai que felicidade, ah, meu Deus Por isso vim Pindorama feliz, onde irei pousar No terreiro a raiz eu vou cultivar E no samba pretendo meus pés fincar Eu vou cantar Sob a sombra divina dos orixás Feito Mãe Clementina de Obatalá Na batida do samba, que é o meu Ifá