A saudade, meu bem, passeia léguas Vez em quando ela vem de muito longe Toma assento, se achega (logo onde?) Em meu peito; e proseia sem dar trégua Pra saudade não tem uma só régua Que lhe meça a tristeza dos seus longes E a lonjura, lá fora, em que se esconde Vai coberta com o pó de muitas léguas De repente ela vem tirar proveito E nos pega de jeito em hora incerta Nos deixando com o olhar triste e desfeito Feito um nó essa saudade mais aperta O laço que nos une e abraça o peito Enquanto o amor em nós mais se desperta