Eu vou cair den’ do frevo Pra lá e pra cá Vou de chapéu e sombrinha Pular até me esbaldar Vou para o frevo de Olinda Vou perambular Vou pelo mar, céu e terra E me espere que eu chego já Ferve em fevereiro o fuá! Pela ventania que dá O coqueiro vai imbalançá Remexer, requebrar o cocar Na beira-mar Frade São Francisco de Assis Veja bem que tá por um triz Teu menisco. Vai mais feliz Badalar, ribombar, na Matriz Sem bisturis Que eu vou safar Sarajevo Mas bombardear De bombardino na linha Do frevo-abafo e zoar Tesoura que corta ainda A tristeza que há Botando a paz den’ da guerra Para a alegria voltar Frêmito frenético ao sol Seja sustenido ou bemol Soará Soares de escol No Girafa e Elefante etanol Com girassol Porque no frevo me atrevo Num arredo de lá Me lanço no Vassourinhas Que nunca se acabará Por mais que há idas e vindas Vai se inaugurar Nossa cortina descerra Pro show que vai começar Então se achegue pra cá O show já vai começar Muito obrigado, sinhô Muito obrigado, sinhá