Um frio que só Um frio que só O agasalho sai do armário Dele sai o pó Deixa a poeira se assentar No fundo Melhor você se alimentar Direito A gente vai compreender Que o mundo É um absurdo Cai poeira d’água, cai Chuvinha E um ruído me distrai De graça Cai garoa, agora, cai Friínha Que eu me encolho pra esquentar Na minha Fico aqui de orelha em pé Ouvindo A borracha do pneu Que passa Eu notei, à noite, um céu Tão lindo Que eu vou reconsiderar Sorrindo