As nuvens que passam Pelo chão do tempo São feito manadas Tangidas ao léu Num céu de delírios Moinhos de vento Num céu de delírios Moendo o vento As nuvens que rodam O engenho da máquina Tal qual uma boiada Em meio ao trovão No açoite das horas Num golpe de vento Com o aboio do tempo Na estrada de chão Rebentam porteiras Desatam varais Num grande delírio Desses vendavais