Jurema

O Sentido

Jurema


O Sentido
Placas neuróticas
Piscam chagas
A luzir
Setas e cores brilham em vão 
Sem direção
Espirrando sangue por todos os lados
Por dentro e por fora das dimensões alheias
Guias cegos mercadores
Linhagem de saqueadores
Invisíveis ditadores 
todos feitores
Conduzem-nos como espermatozóides in vitro
Tontos e broncos  

Sentidos atrofiados, raça condenada
Olhar aprisionado pelos tubos erguidos 
ao absurdo sem ensaio vai
A estufa é escura mais a natureza é pura, sensitiva
Somos baterias recarregáveis
Bactérias parasitadas neste vale de sombra 
E de morte
A orquestra modula
O vento espera a espreitar um velho jogo de bilhar 
se movimentar
Esferas coloridas a brincar malabares 
Uma criança sorrir, acha engraçado
Outra chora de fome
A orquestra modula o vento a espreitar
Há um dragão solto no ar (2X)