Ouvi falar de um fulano Que mora por essas plagas Senhor do destino escuro Andante das madrugadas Da vida, conhece as curvas Da morte, as encruzilhadas Destemido ser escuso Por trás do mundo, acuado Carrega na boca o sopro Que leva a um outro lado Nas mãos ele trás a sombra Da alma do condenado Entre rezas e benditos Com seu olhar firme e forte Forçando um peito dormente Entrega o vivente à sorte Ouvi falar de um fulano Fulano da boa morte A morte sem cor, sem gosto Sem prumo, sem perdição A morte dentro do bolso Pra acalentar o cristão.