Quando fico sem assunto Pra escrever os meus versos Saio pra fora do rancho E contemplo o universo Vendo as belezas do mundo Me vem assuntos diversos Com as enchentes dos rios Vejo o varjão submerso Firmo os olhos no infinito E vejo um quadro bonito Com nosso Pai eu converso Eu contemplo a imensidão Por entre verde campina Até onde a vista alcança Vejo beleza divina O Sol nasce avermelhado Com sua luz matutina Aquecendo toda terra Vai apagando a neblina Quando a natureza dorme Eu sinto um prazer enorme Pois a noite me fascina O criador do universo Abençoou o meu recanto A vida que estou levando É feita de mil encantos Até as aves noturnas Me envolvem com o seu canto Nos olhos da madrugada Orvalho é gota de pranto O silêncio faz açoite Quando o negrume dá noite Cobre tudo com o seu manto No correr dos dias meus Em tudo aquilo que faço Sinto a presença de Deus Acompanhando meus passos Se a tristeza me rodeia Pra não cair no fracasso Pego uma viola e ponteio Solidão mando pro espaço Pra não dar lugar ao pranto Ao invés de chorar eu canto Com a viola em meus braços Pra não dar lugar ao pranto Ao invés de chorar eu canto Com a viola em meus braços