Vem! Vem nessa, amor, se lançar na fantasia No imaginário sem igual desta folia Curar as chagas da realidade, na utopia encontrar felicidade Cocanha! Meu paraíso tropical Que o europeu invadiu e imaculou A cor da pele foi a razão de tanta dor A liberdade aprisionada No açoite do algoz, foi calada Virou uma galhofa imperial Da terras brasis ao quinto dos infernos Nada foi levado a sério Marechal proclamou, a república surgiu Barões no poder na ciranda da ambição Poucos com muito, muitos sem nada Passando fome e estendendo a mão Veio um tirano do Sul, pai da hipocrisia Ditando a dura sina de uma sociedade Onde a ganância devora nossas riquezas E um canto de dor ecoa pelo mundo, da mãe natureza Oh pátria amada Brasil Espero por um novo amanhã Quero ver o índio com coragem A negritude gozando de liberdade Um arco íris colorido de igualdades Toda mulher com o seu direito de viver Ver um país cheio de prosperidades Esperança verde que tardia Faça valer a nossa democracia Sou Franco da Rocha! Chegou sua vez! A Zona Norte dá o seu brado retumbante Meu galo canta e o povo se levanta Desperta Brasil gigante